Um (não) pensar



"O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…"


O Guardador de Rebanhos, Fernando Pessoa

2 comentários:

Anônimo disse...

“Se depois que eu morrer, quiserem escrever minha biografia
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas – a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus”.

Alberto Caeiro

Fabi Fazion disse...

eu amo essa "pessoa"...
com todos os sentidos do mundo.